”Hardscape”
O “Hardscape” é um bom ponto de partida para uma montagem.
Entende-se por “hardscape” aquilo que no aquário tem valor decorativo, mas não é nem animal nem vegetal. Basicamente falamos aqui de rochas, troncos e Substracto. (Aquelas tretas de plástico ou barro também são “hardscape” mas eu recuso-me de falar delas.)
A escolha de rochas e troncos para o aquário plantado é extremamente difícil a meu ver. Implica um conhecimento empírico da versatilidade de um elemento no ambiente de um aquário plantado.
Ou seja, uma rocha, por exemplo, em si pode ser extremamente bonita, mas dentro do aquário não funciona como queremos.
Outra função do “hardscape” que temos de ter em conta ao escolhê-lo, é o aspecto prático da sua interligação com as plantas.
Muitas vezes escolhemos rochas ou troncos não só pelo seu valor decorativo, mas porque precisamos de esconder a parte inferior dos caules das nossas plantas de trás. Um elemento decorativo não importa tanto como a interacção de todo o conjunto. Não faz sentido ir à rua e escolher as mais lindas rochas, porque as rochas entre si, sendo de diferentes tipos, nunca farão sentido num aquário plantado que recria uma situação natural. No mesmo aquário não vou pôr dois tipos de pedra diferentes nem dois tipos de troncos diferentes. Se eu decido usar o “Hardscape” como ponto focal não posso destacar um tronco de um lado e uma pedra do outro. No meu caso arranjei (ou arranjaram-me) um tronco lindo e decidi que este tronco será o ponto focal do meu hardscape. Daí a posição do tronco no conjunto é fundamental. O uso de areia branca para as corydoras que gostam de ter um espaço que não esteja cheio de plantas. Deve fazer esboços, o problema de esboços é que as proporções estão completamente erradas. Os esboços servem apenas como um indicar de intenções. O tronco deve ficar num lugar privilegiado enquanto as rochas são distribuídas ao longo de “linhas de força” que originam no tronco. Um conceito muito importante na montagem de aquários é o da secção dourada. Não vou aprofundar muito este conceito mas deixo aqui um link para os mais curiosos investigarem: http://www.mcs.surrey.ac.uk/Personal/R.Knott/Fibonacci/fib.html. Os pontos de maior importância estética são, segundo este conceito desalinhados do centro na proporção de 1,618 para 1. Isto parece ir contra a ideia de alinharmos o mais importante no centro, mas é verdade. O mesmo princípio é também usado na arte da fotografia e da pintura e também na arquitectura. A Aplicação do número dourado à posição do tronco no “layout” Agora quero ter uma ideia de como vou moldar o substrato. Ao introduzir relevo, eu consigo dar a noção de profundidade ao aquário. Topografia aquática ”Softscape” Chamo “softscape” às plantas porque tem piada o termo. É importante escolher muito bem as plantas que se quer usar no seu aquário. Para isso é preciso conhecê-las em termos de necessidades, compatibilidades e crescimento. Para não facilitar, a maior parte das plantas que vemos nas lojas são criadas fora de água numa estufa com muita humidade relativa no ar, para evitar pragas de algas. Desta forma as plantas que compramos mudam de aspecto geral quando as colocamos no nosso tanque. A mesma planta também se comporta de modo diferente conforme a qualidade da água e da luz que temos. A minha rotala pode não ter nada a ver com a rotala do meu vizinho. Escolher plantas é algo que só com muita experiência conseguimos fazer. Para este layout vou usar as plantas que já tive antes, introduzindo a Bacopa australis e a Rotala “green” para ver como elas se vão comportar. Se gostou do post clique em Gosto! Visite-nos também no Facebook em: https://www.facebook.com/pages/Aquahobbie/406740292679573?ref=hl (by Aquahobbie) |